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Real Digital: as cooperativas de crédito farão parte dessa mudança

Pare e pense na forma como você paga suas contas hoje. Pois bem, há alguns anos, nem você e nem ninguém imaginava que poderia fazer operações bancárias quase simultâneas pelo celular. Que dirá transferências bancárias entre bancos na hora, sem nenhum custo adicional, por meio de uma chave pix.

A transformação digital é uma realidade para milhões de pessoas, entre elas os 17 milhões de cooperados de crédito do Brasil. E a transformação tecnológica do sistema financeiro está prestes a ganhar uma nova ferramenta: o Real Digital, que vai completar a tríade da inovação junto com o Pix e o Open Finance.

O real digital será uma moeda virtual com o mesmo valor do papel-moeda. Segundo o Banco Central do Brasil, ela seguirá o modelo de moedas digitais emitidas por bancos centrais internacionais, que permitem a incorporação de novas tecnologias e novos modelos de negócios por meios digitais de liquidação. Na prática, o mecanismo é similar ao sistema de criptomoedas, mas com controle dos bancos centrais.

Um dos objetivos do Banco Central com o Real Digital é promover a inclusão financeira da população que ainda não tem acesso adequado a serviços bancários, justamente uma das vocações do cooperativismo. Também por isso, as cooperativas de crédito —  representadas por um consórcio intercooperativo que reúne Sicoob, Sicredi, Unicreds, Ailos e Cresol – estão entre as 14 instituições escolhidas para participar da versão piloto do Real Digital.

A entrada das cooperativas no projeto do Real Digital, em um modelo de participação colaborativa, é mais uma prova do poder que a intercooperação tem para fazer o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC) crescer”, destaca Moacir Krambeck, presidente da Confebras e entusiasta da intercooperação.

O presidente da Cresol Confederação, Cledir Magri, complementa: “participar desse projeto é uma oportunidade única para as cooperativas, por podermos trabalhar a inovação com outras instituições financeiras e por fazermos parte, efetivamente, da grande transformação tecnológica que o Real Digital significa para o sistema financeiro brasileiro.”

 

O QUE VEM PELA FRENTE

Na primeira etapa do projeto-piloto do Real Digital, o BC quer testar as funcionalidades de privacidade e programabilidade na compra de títulos públicos entre clientes de instituições diferentes. Essa fase deve durar 18 meses.

Com a nova moeda virtual, o BC também espera melhorar a eficiência do mercado de pagamentos de varejo e promover a competição entre as instituições. A previsão é que o Real Digital comece a ser disponibilizado para os brasileiros até o fim de 2024.

 


O que é o Real Digital? 

O Real Digital  é um tipo de CBDC, sigla em inglês para moedas digitais emitidas por bancos centrais. Esses ativos permitem a incorporação de novas tecnologias e novos modelos de negócios por meios digitais de liquidação, como ocorre no sistema de criptomoedas, mas com regulação.

Qual será o valor do Real Digital? 

A moeda virtual terá o mesmo valor do papel-moeda. A ideia é que o Real Digital seja um novo meio de pagamento totalmente digital para os brasileiros. A digitalização se dará por meio de processo de “tokenização”, que é a transformação de ativos reais em ativos digitais. De acordo com o Banco Central, esse mecanismo tem o potencial de promover maior eficiência das transações, porque os ativos digitais podem ser transferidos facilmente em aplicações descentralizadas e armazenados em contratos inteligentes.

Qual o papel das cooperativas financeiras na implementação do Real Digital? 

Um dos principais objetivos do Real Digital é incluir no sistema financeiro pessoas que ainda não têm acesso a serviços bancários ou vivem em regiões remotas, tarefa que as cooperativas financeiras conhecem bem. Com 8.548 postos de atendimento, o cooperativismo tem a maior rede do sistema financeiro brasileiro. O cooperativismo financeiro está entre as 14 instituições escolhidas entre mais de 100 pelo Banco Central para os primeiros testes do Real Digital e está pronto para promover o uso de mais essa ferramenta tecnológica a favor dos cooperados e de todos os brasileiros.


 

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